O Dia que o Brasil Parou - O Velório de Ayrton Senna

Em primeiro momento, o mundo respirou aliviado quando uma câmera de TV flagrou Senna aparentemente mexendo levemente a cabeça; todos esperavam que aquilo seria um sinal de que estava tudo bem com o brasileiro. Mas o movimento fora causado por um profundo dano cerebral.

Hoje, nos voltamos para um dos dias mais marcantes da história brasileira, um dia de despedida de um ícone do esporte e herói nacional, Ayrton Senna. 
Vamos relembramos o dia do seu velório, um momento de luto que uniu uma nação.
No coração de São Paulo, a  Assembleia Legislativa de São Paulo, recebia no dia 04 de maio de 1994. Um cenário de uma despedida coletiva. Uma multidão se formava, ansiosa para prestar suas últimas homenagens. ao maior ídolo de um país, Ayrton Senna, que sempre alegravam as manhã de domingo. Chegava em um cortejo silencioso e solene. O Brasil segurava a respiração enquanto o ídolo retornava à terra que o viu nascer.

Dentro da Assembleia, a atmosfera era carregada de tristeza, mas também de respeito, palavras tocantes de amigos e familiares aos depoimentos emocionados de colegas de profissão, cada palavra era um tributo ao legado de Senna.
Os fãs, como uma extensão da família de Senna, trouxeram flores e mensagens. Cada gesto, uma expressão de amor e gratidão.
Em meio à comoção, houve momentos de silêncio profundo. Um país inteiro compartilhava a dor, encontrando conforto na união. Outros pilotos, rivais nas pistas, se tornaram aliados no luto. Abraços e gestos de solidariedade revelaram uma irmandade única entre aqueles que enfrentam os desafios das corridas. As cidades de norte a sul do Brasil, em luto, uma tristeza coletiva, nas calçadas, nas janelas, o Brasil se despediu.

O evento fúnebre aconteceu na Assembleia Legislativa e durou mais de 22 horas. Neste período, cerca de 240 mil pessoas passaram pelo local para darem adeus a Senna. Já o cortejo em direção ao cemitério do Morumbi foi acompanhado por cerca de um milhão pessoas, e Milhões e Milhões em todo o mundo acompanharam pela televisão.

O governo brasileiro declarou três dias de luto oficial e também lhe concedeu honras de chefe de Estado, com a característica salva de tiros. 

A maioria dos pilotos de Fórmula 1 estiveram presentes no funeral. O caixão, coberto com a bandeira do Brasil e o capacete de Senna, foi levado por pilotos como Emerson Fittipaldi, Gerhard Berger, Rubens Barrichello, Michele Alboreto, Damon Hill e até Alain Prost, rumo ao cemitério do Morumbi.
O local de sepultura no Cemitério do Morumbi, em São Paulo virou local de peregrinação e culto de brasileiros e estrangeiros que veneram o piloto.

Enquanto nos despedimos deste dia memorável, lembramos que Ayrton Senna vive não apenas nas pistas de corrida, mas nos corações daqueles que foram tocados por sua determinação, carisma e generosidade. Seu legado continua vivos nas lembranças de todos nós.

Postar um comentário

0 Comentários